Assim, de cidade em cidade o menino pensava em voltar para casa, mas disseram a ele que a sua lenda, o seu tesouro, estava onde estava o arco-íris.
E assim ele caminhou, caminhou tanto que os seus pés já não eram pés, eram carne viva, cheio de calos e dor e assim chegou a um grande vale, onde parecia que o arco-íris se abaixara, e ali nada viu...
Mas, quando desiludido do seu caminhar, estava prestes a perder a esperança, pensou que talvez aquela terra fosse suficiente boa para ficar. Será que ali não estaria realmente o seu tesouro?
Estava, assim, sentado numa grande rocha, do alto de um monte de onde vislumbrava todo o vale, quando viu um viajante. Lá estava ele, o viajante, andando, andando no caminho do arco íris.
Desceu e correu em busca do viajante. Ele viu que ele era um Sábio, quem sabe um Mago até!
Inesperadamente o Sábio, de costas mesmo lhe perguntou:
- O que buscas, Menino?
Ele respondeu:
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- Procuro o meu tesouro, minha riqueza, milha felicidade!
- Onde pensas achá-lo? - retrucou-lhe o Mago.
- Oh, onde repousa o arco-íres, respondeu.
- Ah,- disse-lhe o Mago - eu também o procurei ali... E não o encontrei!
- E o senhor o achou em algum lugar.
- Sim, disse-lhe – “Onde está o teu coração, aí está o teu tesouro!”
O menino ficou, triste, cabisbaixo... não sabia mais onde estava o seu coração.
O Mago continuou.
- Onde pensas achá-lo? - retrucou-lhe o Mago.
- Oh, onde repousa o arco-íres, respondeu.
- Ah,- disse-lhe o Mago - eu também o procurei ali... E não o encontrei!
- E o senhor o achou em algum lugar.
- Sim, disse-lhe – “Onde está o teu coração, aí está o teu tesouro!”
O menino ficou, triste, cabisbaixo... não sabia mais onde estava o seu coração.
O Mago continuou.
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- Não tenha pressa, pobre criança. Um dia o encontrarás, talvez nas terras do Egito, ou nas praias de Almofala.... Mas estará tão perto de ti, que o encontrarás e nem perceberás que já o encontraste!
E o Mago foi embora, levando o seu farnel, sua trouxa e seu cajado, no rumo do mar-sem-fim!
E o Mago foi embora, levando o seu farnel, sua trouxa e seu cajado, no rumo do mar-sem-fim!
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Texto de Washington Peixoto Vieira, às duas da manhã de 14 de junho de 2010
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