sexta-feira, 31 de julho de 2009

SÉRIE RAÍZES - OS TEIXEIRA DO ICÓ


Por Washington Luiz Peixoto Vieira

Os Teixeira, em Icó, tem sua presença desde os tempos da formação da Vila e a expansão do gado bovino pelo Nordeste brasileiro nos séculos XVII e XVIII. Como marco histórico desse clã o antigo sobradão colonial onde hoje abriga o projeto Núcleo de Música Sobrado Canela Preta.

Tiveram fortes momentos de hegemonia política no Icó e toda a região sul do Ceará, início do Século XIX, durante o Primeiro Reinado (1822-1831) e guerras da Independência do Brasil, tendo após a abdicação de D. Pedro I (1831), perseguições sobre seus principais cabeças, por parte do governo provincial do Ceará, na pessoa de José Martiniano de Alencar (1794-1860), liberal, derivados dos conflitos da Confederação do Equador (1824), nas quais os Teixeira participaram ativamente - inclusive mudando de lado - e figuraram como principais oponentes as forças liberais-republicanas. As modificações políticas do Segundo Reinado, particularmente o perído regencial (1831 - 1840), derrubaram a hegemonia desse clã, resultando na condenação de João André à pena de morte que foi comutada em pena de degredo, por 20 anos, na Amazônia.

Dentre os célebres membros dessa casa, figuram os irmãos Felipe Benício Mariz, sacerdote católico e o Tenente-coronel João André Teixeira Mendes, o “Canela Preta”, membros da famosa “Comissão Matuta” que mandou para o paredão de fuzilamento quatro ex-confederados do Equador, episódio que figura num trágico episódio da Independência do Brasil e conflitos posteriores, com vasta bibliografia sobre o assunto.



I) ORIGENS:

Sobre a origem dos Teixeira de Icó há duas versões, que as pesquisas científicas da genealogia atual desvendam com dados menos míticos:

a) A primeira versão vem do Barão de Studart (1856-1938) - Dicionário Biobibliográfico Cearense (Barão de Studart) publicado em 1910 e João Brígido dos Santos (1829-1921), relatado em Antologia de João Brígico p. 566, http://books.google.com.br/books?id=tbENAQAAIAAJ&q=jo%C3%A3o+andr%C3%A9+teixeira+mendes&dq=jo%C3%A3o+andr%C3%A9+teixeira+mendes os clássicos historiadores do Ceará, ambas as obras republicadas várias vezes, e que dão bases e pistas para a reconstrução atual. Para esses autores os Teixeira originam-se da Bahia e chegaram aos sertões da Paraíba e do Ceará, na condição de Sesmeiros e também de arrendatários de fazendas da Casa da Torre de Garcia D’Ávila no século XVII e XVIII. Portanto, como pioneiros na expansão do gado.

b) A segunda versão mais atualizada, e inclusive aceita por muitos pesquisadores, consiste no trabalho de Francisco Augusto de Araújo Lima – 2001, na obra Famílias Cearenses que desfez o imbróglio do Barão de Studart e do João Brígido dos Santos e colocou a sua verdadeira naturalidade no Famílias Cearenses 1, 2001, páginas 307 / 315, segundo explicações do próprio autor.
O tronco inicial dos Teixeira-Mendes, objeto desse artigo é Alexandre Teixeira Mendes, que segundo o autor citado acima é nascido por volta de 1723. Natural da Freguesia de Canaveses, Concelho de Valpaços, distrito de Vila Real, Portugal. http://www.mapadeportugal.net/concelho.asp?c=1712.


II. ALEXANDRE TEIXEIRA MENDES:

Alexandre Teixeira Mendes nasceu em 14 de março de 1705, na localidade de Vila Verde, freguesia do Divino Salvador de Tuías, termo de Marco de Canaveses, região do Porto, Portugal. Era filho de Antônio Mendes (batizado em 23 de janeiro de 1674) e Maria Moreira Teixeira (batizada em 4 de julho de 1673), casados em 14 de novembro de 1696 na mesma freguesia. Alexandre e seu irmão Jacinto Mendes descendiam de famílias tradicionais com raízes sólidas na região norte de Portugal.
A vinda de Alexandre ao Brasil deu-se no contexto das oportunidades abertas pelas capitanias do Nordeste, com destaque para a atividade pecuária e as sesmarias, que incentivavam a ocupação do interior.
Estabelecido em Patos, na Paraíba,, Alexandre casou-se com Tereza Maria de Jesus, natural de Nossa Senhora das Neves (atual João Pessoa).
Essa instalação em Patos permitiu que seus filhos se integrassem à elite econômica da região e, mais tarde, migrassem para o Icó e o Cariri, no Ceará.

Do casal Alexandre Teixeira Mendes e Tereza Maria de de Jesus, constam, em registro, os filhos:

F!.  LUCIANA MARIA DO ROSÁRIO, nascida em 1754, na Paraíba. Casou-se com Venceslau Lopes de Andrade,  nascido em.1752,  Cariri Novo, no Ceará, Sargento-Mor, filho de Antônio Lopes de Andrade e da paraibana Isabel Ferreira da Fonseca, informações que nos vem do site "Famílias Cearenses".

Filhos conhecidos:
  • N1. Antonio Lopes de Andrade Neto;
  • N2. Alexandre Lopes Teixeira (n. 1768);
  • N3. André João Teixeira (n. 1775);
  • N4. Manoel Alexandre Teixeira (n. 1780);
Conforme descrito no site Familysearch: "Antonio Lopes de Andrade Neto nasceu em Ceará, Brasil filho de Capitão Venceslau Lopes de Andrade e Luciana Maria do Rosário Teixeira. Ele casou-se com Ana Joaquina de Jesus em 27 de novembro de 1809, em Icó, Ceará, Brasil. Eles tiveram pelo menos 2 filhos e 3 filha".

F2. FRANCISCO TEIXEIRA MENDES (n. 1755). Casou-se com MARIA JOSÉ DOS MILAGRES, em 29 de junho de 1770, na Matriz de Nossa Senhora dos Milagres da Vila Real de São João do Cariri de Fora, Paraíba. Dona Milagres era filha do coronel Luis Alves Pequeno, nascido em 1692, Vila Real, Portugal, e falecido no Brasil em data e local que desconheço e de dona Maria Correia de Sampaio, nascida em Taquara, distrito de Pitumbu, litoral sul da Capitania da Paraíba, Brasil. Este casal é apontado por diversos pesquisadores como o marco inicial da família Pequeno, que se espalhou por várias cidades da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte,

Filhos conhecidos:
  • N1. Ana Joaquina de Jesus casou em 07.11.1809 na Matriz do Icó, com Antonio Lopes de Andrade,filho do Capitão Venceslau Lopes de Andrade e Luciana Maria do Rosário Teixeira, acima identificados, seu primo.Tiveram 3 filhos: Manoel, Joaquim Teixeira,José  Francisco Teixeira e Antonia Joaquina de Jesus;
  • N2 Maria Demétria do Coração de Jesus casou em 06/07/1803 com seu primo João André Teixeira; Mendes.Deles procede a linhagem Teixeira Mendes do Icó, conhecidos como "Canela Preta", que adiante desenvolverei a descendência.
  • N3. Manoel Alexandre Teixeira Sobrinho casou em 25/09/1804 com sua prima Ana Macedo de Jesus Maria, nascida no Icó, em 27.7.1778filha de Manoel Alexandre Teixeira Mendes e Maria Catarina Sebastiana de Arendes. Filhos: Antonio Fernandes de Bastos (n. 1805), Manoel Alexandre Teixeira, Maria José dos Milagres II, Manoel Luis Teixeira, Miguel Francisco Teixeira, Antonio Alexandre Teixeira, Maria de São José e Francisco Alexandre Teixeira.
  • N4. Joaquim Félix Teixeira, nascido em 1796, casou com Ana Joaquina do Nascimento. Filhos: Maria, Luzia, Joaquim, Francisco, João, Manoel, Tereza Delfina, Domingos José Teixeira
  • N5. Joaquim José Sampaio, nascido em Patos, em 1876, casou-se com Tereza Delfina da Encarnação, filha de Manoel Alexandre Teixeira Mendes e de Maria Catarina Sebastiana de Arendes; Filhos:Maria Delfina da Encarnação, Josefa Delfina da Encarnação, Ana, Joaquim José de Sampaio Junior, Manoel Alexandre de Sampaio, Raquel Delfina de Conceição, esta última casou com João André Teixeira Mendes II; 
  • F6.. Antônio Luís Alves Pequeno, casou com Rita de Jesus Tavares e, depois de enviuvar, com Quitéria Moreira da Soledade, conhecida como dona Soledade.. Tiveram vários filhos, alguns com casamentos entrelaçados entre parentes, algo usual nesta família,  que tratarei em seção separada, dada a complexidade genealógica. Dele procede a linhagem Alves Pequeno do Icó e Crato;.
Essas ramificações revelam a formação de dois troncos principais: Teixeira Mendes do Icó e Alves Pequeno do Icó e Cariri.

F3. JOSÉ MOREIRA TEIXEIRA MENDES (falecido em 29/02/1799). Casou-se com Luiza Maria de Jesus, na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Milagres, da Vila Real de São João do Cariri, na Paraíba, Brasil.deste casal procedem diversos ramos que se estenderam pela Paraíba, Ceará e Pernambuco:
Filhos conhecidos:
  •  N1. Ana Francisca ou Ana Joaquina de Jesus, casou-se com João Martins Torres, em 1789;
  • N2. Cosma Francisca de Jesus, casou-se com o Capitão José Rodrigues da Cunha Valença (n. 1771). Deste casal procede um ramo da família Valença de Pernambuco.;
  • N3. Francisca José da Conceição (ou Francisca José de Jesus), nascida em 1777, casou-se com José Antônio de Vila Seca;.
  • N4. Manoel Félix Teixeira Mendes, casou-se com Joana Rita da Conceição, em 11/10/1791;.
  • N5. Anselmo Laureano Teixeira Mendes, casou-se com Quitéria Francisca de Abreu e Lima, em 14/07/1795.
  • N6. José Francisco Alves Pequeno;.
  • N7Mariana José (ou Mariana Alves Pequeno), casou-se com Alexandre José de Carvalho;
  • N8. Ana Maria de Jesus (ou Ana Álvares Pequeno), casou-se com Antônio José de Crastro, em 20/07/1779;.
  • N9. Francisco Alves Pequeno, Capitão, casou-se com Maria Izidora Correia de Sampaio..
   
F4. SARGENTO-MÓR MANOEL ALEXANDRE TEIXEIRA MENDES nasceu na cidade da Paraíba, Brasil, atual João Pessoa, filho de Alexandre Teixeira Mendes e Thereza de Jesus e Macedo. Ele casou-se com MARIA CATARINA SEBASTIANA DE ARENDES em 16 de abril de 1776, em Icó, Ceará. Ele faleceu em 29 de setembro de 1827, em Icó, Ceará, Brasil, onde foi sepultado.

Filhos conhecidos (Ramo do Icó);
  • N1. João André Teixeira Mendes (n. 17/03/1771 – m. 1874), casou-se com sua prima Maria Demétria do Coração de Jesus. Já referidos acima.
  • N2. Ana Macedo de Jesus Maria (n. 28/06/1776 – m. 1809), casou-se com Antônio Fernandes Pereira (1798) e, depois, com Manoel Alexandre Teixeira Sobrinho (1804).
  • N3. Tereza Delfina da Encarnação; 
  • N4. Joaquim Inácio Teixeira Mendes, casou-se com Ana Cândida Bastos, deixando descendência em Icó.
  • N5. Antônio Teixeira Mendes, casou-se com Maria José Alexandrina, filha de Antônio Fernandes Basto.

III) ESBOÇO GENEALÓGICO DO RAMO TEIXEIRA MENDES QUE SE RADICOU NO ICÓ:

Do casal Alexandre T. Mendes e Tereza Maria de de Jesus, constam, em registro, os filhos:

1) Luciana Maria do Rosário (n +- 1754 ____) , que casou-se com Venceslau Lopes de Andrade (n.+-1752 ____);

2) Francisco Teixeira Mendes (n. antes um pouco de 1750), que casou-se em 29 de julho de 1770, na matriz de Nossa Senhora dos Milagres, em São João do Cariri, com Maria José dos Milagres (n,1750), natural da Vila de São João do Cariri, na Paraíba,
filha de Luis Alves Pequeno e Maria Correia de Sampaio. Estes são os pais de Ana Joaquina de Jesus (casou-se em 1809, na Matriz do Icó), Manoel Alexandre Teixeira Sobrinho, que casou-se em 25.09.1804 com sua prima Ana Macedo de Jesus Maria; e Maria Demétria do Coração de Jesus, que casou-se com seu primo João André Teixeira Mendes em 06.07.1803.

3) Manoel Alexandre Teixeira Mendes (n. +- 1756 ___) , que casou-se em 16.04.1776 na Matriz do Icó com Maria Catarina Sebastiana de Arendes (batizada em 06.07.1758).
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Maria Catarina Sebastiana de Arendes, era filha natural do capitão Antonio de Melo Falcão, filho de Luiz Marreiros de Sá e Brites Maria de Melo Falcão, naturais do Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco faleceu em Icó, segundo o mesmo autor, em 06.06.1758 e de Maria José de Brito, também Pernambucana, filha de Domingos de Brito Fiúza da Villa de Alagoas (a atual Maceió) e de Maria Barbosa, natural de Ipojuca, Pernambuco. Porém tinha como pais de criação o Tenente-Coronel Antonio Fernandes Bastos e Cosma Maria, residentes no Bom Sucesso da Soledade, onde tinha sido criada como filha desde o nascimento, tanto o é que esse casal foi o padrinho de batismo de seus dois filhos Teresa e Felipe Benício, o que prova as relações de família. Figuram como ancestrais do casal Antonio de Melo e Brites o legendário Jerônimo de Albuquerque e Maria do Espírito Santo Arcoverde, assim, pois os Teixeira do Icó, descendem dos primeiros colonizadores do Nordeste brasileiro.
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Do casal o coronel Manoel Alexandre Teixeira Mendes e Maria Catarina Sebastiana de Arendes, nasceram os filhos:
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1) João André Teixeira Mendes, nascido em 17.03.1771 e falecido por volta de 1864. Casou-se com sua prima Maria Demétria do Coração de Jesus, filha de seu tio Francisco Teixeira Mendes. Tenente-Coronel, de onde surgirá o apelido de “Canela-Preta” que a historia levará para o restante da família, numa forma de designar os Teixeiras descendentes dessa “rama” genealógica.

2) Ana Macedo de Jesus Maria, (Conhecida como Ana Maria Mendes ) n. 28.06.1776 e falecida em 1809) . Casou-se duas vezes, a primeira com Antonio Fernandes Pereira (natural do Concelho de Valpaços, Portugal) em 1798, enviuvando em 1804, casa-se, em segundas núpcias com seu primo Manoel Alexandre Teixeira Sobrinho, em 1804, filho de seu tio Francisco Teixeira Mendes.
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3) Tereza Delfina da Encarnação, n. 1788, na Freguesia de Nossa Senhora da Guia de Patos, na Paraíba, casou em Icó com Joaquim José de Sampaio, seu primo. Tiveram vários filhos. Jaquim faleceu no Crato, em 22.10.1864, era capitão e comerciante;
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4) Felipe Benício Mariz, nascido em 22.08.1779 e falecido por volta de 1837 (2), cujo nome de batismo é uma homenagem ao Santo do dia de seu nascimento, São Felipe Benício (1233), como era costume na época, já num sinal da "vocação" do nascituro. Foi ordenado padre, em Olinda, por volta de 1801/1801, mas deixará descendência na Villa Viçosa Real, uma vez que viveu com Silvéria Joaquina de Queiroz (?) - nome revelado na atualidade - possivelmente originária da Vila de São José de Aquiraz/CE, onde ele exerceu entre 1921 a 1923, temporariamente, seu ministério sacerdotal ou mesmo de Icó, necessitando de pesquisa mais aprofundada.

IV) DE JOÃO ANDRE TEIXEIRA MENDES E MARIA DEMÉTRIA DO CORAÇÃO DE JESUS E SUA SUCESSÃO: 

F1 . Francisco Teixeira Mendes casou com Córdula Nobre da Silva. O casal teve pelo oito filhos e filhas conhecidos, identificados em compilações genealógicas. As filhas Sabina e Ignez (ou Inês) aparecem com mais frequência em árvores genealógicas colaborativas (Geni, Rodovid e blogs de genealogia cearense) como continuidade da linha Nobre-Teixeira-Mendes.

Casaram-se em 08 de janeiro de 1837, na Igreja Matriz de Icó, eram primos, moradores do Saco da Onça, conforme registrado no livro Siará Grande, obra referência para a genealogia luso-cearense. A união consolidou alianças entre famílias de prestígio local — prática comum entre as elites sertanejas, que buscavam preservar patrimônio, influência social e tradição familiar. Até o momento não consegui identificar os pais de Córdula, nem datas precisas de nascimento e falecimento.

Filhos conhecidos:

  • N1. Sabina Nobre da Silva casou- em aos 23.07.1839 com Manoel Teixeira Pequeno, na Igreja Matiz de Nossa Senhora da Expectação do Icó. Manoel era filho de Antonio Luiz Alves Pequeno e dona Rita de Jesus Tavares, esposa do primeiro casamento de Antonio Luiz. Sabina era sua prima em 1º grau, uma vez que  Luiz Antonio Alves Pequeno e Maria Demétria eram irmãos, filhos de Maria José dos Milagres e Francisco Teixeira Mendes, a que me referi acima, da primeira geração.
  • N2. José Raimundo Teixeira, casou-se em 25.5.1843, no Icó, com Maria José Teixeira, filha de João Félix Teixeira e Maria da Conceição Teixeira; 
  • N3. Francisco Teixeira Mendes Júnior, casou-se no Icó, em 11.11.1855, com Maria Felícia Alves Pequeno, filha de Antônio Luiz Alves Pequeno, filho do segundo casamento de Luís Alves Pequeno e Quitéria Moreira Pequeno, que por esta época já residiram no Crato. Eram primos, portanto; 
  • N4. Paulino Teixeira Mendes, no Icó em 26.7.1839, com Antonia Edvirges Teixeira Mendes, filha de João André Teixeira Mendes Júnior e Raquel Delfina da Encarnação. Eram primos, e foi solicitada dispensa em 3° e 4° graus de consangüinidade, uma vez primos; 
  • N5. Córdula Nobre Teixeira, casou-se em 27.11.1869, com seu primo João André Teixeira Mendes, filho de João André Teixeira Mendes, filho de João André Teixeira Mendes e Raquel Delfina da Conceição; 
  • N6 Joana Lília Teixeira Mendes, casou-se em 26 4.1864, com João Paulo de Melo Silva, filho de Inácio de Melo Silva e Maria Francisca de Oliveira. Este casamento difere dos demais, pois o noivo era natural de São Gonçalo da Serra dos Cocos e o casamento foi realizado na Capela de São Sebastião, em Ipueiras, na região norte do estado do Ceará; 
  • N7 Ana Nobre Teixeira, nascida em 23.4.1843, casou-se no Icó com Leônio Galdino Teixeira, primo do capitão Venceslau Lopes de Andrade e de Antonia Sebastiana de Arendes, primos também; e
  • h) Inez Nobre Teixeira, casou com Joaquim Marinho de Mello, filho de Marcos Marinho de Melo e Maria Angélica do Sacramento, moradores do Sítio Tamboril, na Freguesia do Icó, passando a chamar-se Ignez Nobre de Mello, foram os pais de Maria Teixeira de Mello (também conhecida como Ignezinha), que casou com seu primo José Teixeira Mendes, de onde descendem os remanescentes dos Teixeira Mendes de Icó, estes últimos pais de minha avó Eliza Teixeira Mendes, que casou com Urbano Peixoto de Medeiros.
  • F2. Cândida Delfina da Encarnação, conhecida como Cândida Teixeira Basto. Nasceu aos 12.07.1805, em Icó, foi batizada em 21.07.1805, sendo seus padrinhos os seus avós, Manol Alexandre e Maria Demétria. Casou com Antonio Fernandes Bastos, filho de Antonio Fernandes Bastos, filho de Manoel Alexandre Teixeira e Ana Macedo de Jesus Maria, aos 19.11.1823. Faleceu em Icó, aos 1841, supõe-se que foi sepultada na Igreja da Expectação do Icó. Deixou bens e seu inventatário foi aberto em 1874.

Deste casal nasceram:

  • N1. Joaquim Fernandes Basto;
  • N2. José Fernandes Basto;
  • N3. Maria Cândida da Encarnação casou com Miguel Antonio Teixeira
  • N4  Manoel Fernandes Basto;
  • N5 Cândido Fernandes Basto
  • N6 Antonio Fernandes Basto, casou com Maria Medeiros;
  • N6 Hegenônio, falecido após a morte de sua mãe.

O sobrenome que persistiu nesta linhagem foi Teixeira Basto.

 

F3. José Olímpio Teixeira, casou-se em 02.08.1849 com Joana Olindina da Glória, filha de Luiz Antonio de França e Tereza Maria.Temos notícia de 3 filhos: Celina, Telêmaco e Cosma.  

Cosma, segundo dados apanhados por Chiquinho Peixoto, casou com Manoel Olímpio Teixeira, seu primo ou tio e é desta linhagem que originam-se os “Olimpio” de Icó, dentre estes Joaquim Olímpio Teixxeira, que casou com dona Maria Luísa Alves Maciel e Quínzio Olimpio Teixeira, que casou com dona Odete Olímpio Teixeira. 

 

F4.  Rita Maria Teixeira, conhecida como Dona Rita Alexandrino. Casou com Francisco José Alexandrino, Desse casal nasceu dentre outros filhos Belisário Cícero Alexandrino (n 20.04.1845 f. Fortaleza ?), que foi o 5º Indentende de Iguatu (1896) e Presidente da Assembléia Legislativa do Ceará e Governador do Estado de 12 a 14 de julho de 1912. Foi o Coronel Belisário que instituiu o Município de Joazeiro do Norte (Lei 1.028 de 22.07.1911.

 

F5. Maria Demétria do Coração de Jesus, nome homônimo ao de sua mãe, casou-se com Joaquim Fiúza Lima.

 N1. Joaquim Fiúza Lima Junior, casou-se em 31.7.1853, com Rita Carolina de Jesus;

 

F6. Ana Delfina da Encarnação  casou aos 17.11.1869, na Matriz do Icó com José Francisco Teixeira, filho de Antonio Teixeira Lopes e Antonia Joaquina de Jesus.  Eram primos e pediram licença eclesiástica para este matrimônio.Temos notícia de 8 filhos do casal.

 

F7, João André Teixeira Mendes II casou em 27.04.1829 com Raquel Delfina da Conceição, com descendência,

 

REFERÊNCIAS:

 

ARQUIVO DISTRITAL DO PORTO. Registos paroquiais da freguesia do Divino Salvador de Tuías (Marco de Canaveses), 1670–1710. Porto: ADP, cód. 1234.

FAMILYSEARCH. Registros Paroquiais de Batismos, Casamentos e Óbitos de Tuías e Marco de Canaveses, Portugal. Disponível em: https://www.familysearch.org. Acesso em: 8 out. 2025.

ARQUIVO HISTÓRICO DA PARAÍBA. Livros da Freguesia de Nossa Senhora da Guia de Patos (1760–1800). João Pessoa: AHPB.

ARQUIVO ECLESIÁSTICO DE ICÓ. Registros de Casamentos e Batismos da Matriz de Nossa Senhora do Rosário (1770–1810). Icó: Arquidiocese de Fortaleza.

FIGUEIREDO, Luiz Eduardo de. Teixeira Mendes e Alves Pequeno - Duas famílias no Cariri Paraibano. Recife, 2030. Pdf.

SILVA, Antônio Moraes da. Dicionário Genealógico de Famílias do Norte de Portugal. Lisboa: Academia Portuguesa da História, 1954.

VIEIRA, Washington Luiz Peixoto. Estudos sobre a linhagem Teixeira Mendes no Nordeste Colonial. Manuscrito inédito, 2025.

INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO (IHGB). Coleção Genealógica do Sertão Nordestino. Rio de Janeiro: IHGB, 1938.

LIMA, Francisco Augusto. Siará Grande - Uma Província Portuguesa no Nordeste Oriental do Brasil. Expressão Gráfica. Fortaleza, 2016.

[1] MEDEIROS, Eliton S. Pelos Caminhos dos Alves Pequeno e Correia de Sampaio: dos Cariris Velhos aos Cariris Novos. Uclap. 2025.

MENDES, Paulo Tasso Teixeira. Famílias Alves Pequeno e Teixeira Mendes. IDEA. João Pessoa, 2016.

MOREIRA, Gilson. Ribeira dos Icós. Premius. Fortaleza, 2014.

NOGUEIRA, João Maia. A história do Município de Orós II. Notas ao catálogo de Judith Antero. Fortaleza: Expressão Gráfica. 2015.

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