sexta-feira, 10 de outubro de 2025

 

OS PEIXOTO E MEDEIROS DE ICÓ E EXU: LINHA DO TEMPO FAMILIAR

Por Washington Luiz Peixoto Vieira

 


A história da família Peixoto de Medeiros em Icó e Exu é a de uma família única, dispersa em dois ramos que se entrelaçam com os Medeiros e os Alencar. A trajetória começa no século XVIII em Pernambuco e Portugal, com famílias migrando e estabelecendo-se no Nordeste brasileiro.


Século XVIII – Origens em Portugal e Pernambuco

·     Miguel Carlos da Silva Saldanha (Peixoto): nascido em 19 de setembro de 1698, em Castelo do Neiva, Viana do Castelo, Portugal.

·     Alexandre da Silva Peixoto: nascido em 10 de março de 1745, Icó, Ceará, Brasil.

·     Josefa Pereira de Alencar: nascida por volta de 1765.

Estes membros são ancestrais dos Peixoto de Exu e Cariri, com casamentos importantes realizados em 1791 e 1795 na Capela de Barbalha e na Matriz de Missão Velha, oficiados pelo padre Manoel Carlos da Silva Saldanha.


Século XIX – Migração para Icó e consolidação dos ramos

·     João de Medeiros Raposo (1747-1795), nascido nos Açores, casou-se com Josefa Bezerra de Andrade, de Itamaracá. Desta união nasceram quatro filhos que fixaram descendência em Pernambuco.

·     Luiz de Medeiros Raposo, filho de João, casou-se com Florentina Liberalina Peixoto (datas desconhecidas). Destes nasceram:

o    Manoel Peixoto de Medeiros (c.1870 – 1920/25), vereador, casado com Maria Amélia Monteiro/Hermes Carneiro Monteiro.

o    Joaquim Peixoto de Medeiros (1869 – ?), procurador municipal, casado com Joana Pinto Nogueira.

o    José Peixoto de Medeiros (c.1870 – ?).

O sobrenome Raposo desapareceu, dando lugar ao Peixoto de Medeiros, dependendo do ramo familiar. A migração para Icó foi incentivada pelo tio, Alferes Antonio de Medeiros Raposo, e por conflitos políticos em Pernambuco.


Ramos principais e descendência

·     Florentina Liberalina da Silva → casou com Luis de Medeiros Raposo, gerando Manoel e Joaquim Peixoto de Medeiros.

·     Fausta Liberalina da Silva → casou com Capitão Miguel Fernandes de Medeiros, gerando Lafayette e Eduardo Fernandes de Medeiros.

·     Dario José Peixoto → casou com Carlota Luna de Alencar, filhos incluíam:

o    Roldino José Peixoto da Silva (1834–1897)

o    Canuto José Peixoto da Silva (1844–1896)

o    João Roldino Peixoto de Alencar

o    Antônio Ulisses da Silva Peixoto (1838–1872)

o    Dário José Peixoto Júnior (1895–1890)

o    Chilon Heráclito Peixoto da Silva (1869–1960)

o    Urbano José Peixoto de Alencar e Silva (1871–1968)

·     Alexandre Carlos da Silva Peixoto → casou com Josefa Pereira de Alencar (irmã de Bárbara Pereira de Alencar), filhos notáveis:

o    Carlos Augusto Peixoto de Alencar (1805–1866), padre, político e jornalista.

o    Eugênio Augusto Peixoto de Alencar

o    Francisco Napoleão Augusto de Alencar

o    Fernando Napoleão Augusto de Alencar

o    Pastora Augusto de Alencar

o    José Martiniano Peixoto de Alencar

·     Outros filhos de Alexandre: Amaro Carlos da Silva PeixotoJoão Carlos da Silva PeixotoMiguel Carlos da Silva Peixoto (comerciante em Icó em 1889).


Síntese

·     A família Peixoto de Icó não é separada da família Medeiros: trata-se de uma única família dispersa, com ramos distintos que preservaram sobrenomes diferentes conforme tradições e alianças familiares.

·     O sobrenome Peixoto predomina em alguns ramos, enquanto Medeiros predomina em outros, refletindo tradições sociais e políticas.

·     Muitos descendentes migraram para novas regiões do Ceará e Amazonas, em busca de oportunidades econômicas ou para escapar de conflitos políticos, como a Revolução Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador de 1824.


Imagem: Fotografia de Manoel Peixoto de Medeiros, acervo de família,

Referência:
VIEIRA, Washington Luiz Peixoto. Gente do Ceará. Icó. Páginas 96-101. ISBN: 978-65-01-28119-3.


 

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